Esta greve vem na sequência da entrega de uma abaixo-assinado, segundo a FENPROF "o maior abaixo-assinado de sempre",segundo este senhores que se dizem professore .Sendo assim, os alunos quando decidirem não ser avaliados quebrarão o recorde das assinaturas destes "perseguidos", e aí teremos o "maior abaixo-assinado de sempre", até lá...
Repare-se que não há pela nossa parte qualquer tipo de antipatia com os senhores professores, mas caríssimos professores, quem não obedece, como pode pedir obediência?
Ficamos escandalizados com a "brincadeira de pistolada de cowboys" que aconteceu ainda no primeiro período deste ano lectivo na Escola do Cerco do Porto. E aborda-se como "brincadeira" porque assim foi divulgado na comunição social, assim como a simpatia e do à vontade dos alunos para com a professora. Não querendo retirar autoridade à imagem do professor, porque os próprios tratam de o fazer.
Não seria correcto da nossa parte, apenas evidenciar o que nos surge errado na docência do ensino português, sem contextualizar o ensino português.
Passaram praticamente 35 anos, desde a Revolução dos Cravos, situação até à qual o professor era sinónimo de autoridade sobre os alunos e de inteligência e criador da mesma nos filhos da população. Com a evolução e com a revolução, a posição do ensino alterou-se. A criança já não tem o dever de obedecer, de fazer os trabalhos que a sua profissão assim o exige, mas a criança tem o direito a ter tempo para brincar, para ver as novelas antes do jantar e para tantas outras coisas, talvez dispensáveis e passíveis de proíbidas de divulgação às crianças.
Vivem-se tempos difíceis no Ensino Português, as crianças são "sempre" alvo de trauma, e os professores "sempre" alvo de Responsabilidade da escola na sociedade e da Irresponsabilidade dos pais na educação dos seus filhos. Ser professor pode também ser uma profissão bastante ingrata, pela censura dos péssimos educadores que tanto se vingam nesta sociedade portuguesa.
Assim como os professores serão responsabilizados pela prestação dos seus alunos nas provas nacionais e pelo seu percurso académico, os pais deveriam ser responsabilizados pela falta de educação e de condução das crianças aos valores primordiais de uma sociedade justa e dita desenvolvida.
Um ponto de vista, essencial no ensino actual é na utilização de procedimentos enganosos e aparente e previamente definidos como elevadores de rankings necessários a fundos europeus destinados à educação. Acreditamos que exames fáceis não criam resultados reais e objectivos, senão falciosos e programados.
As Novas Oportunidades foram das melhores iniciativas apresentadas por este Governo no sentido da extinção do analfabetismo, extinção de estagnação cerebral, motora e profissional por parte de alguns portugueses, mas será também uma forma de "iludir" a União Europeia. É importante referir que há ainda várias arestas a limar, para que se navegue segundo um vento mais rigoroso e também menos estatístico e falacioso.
De acordo com a notícia apresentada hoje, o ensino profissional praticamente triplicou, ou seja Portugal está novamente com ensino técnico profissionalizante como já há algumas décadas não estava. De louvar, esta medida e fomentação da mesma, dado que os resultados são significativamente positivos : menor abandono escolar e consequente abrandamento da taxa de crescimento de delinquência, e como é óbvio, criação de população trabalhadora profissionalizada e formada.
O Ensino tornou-se algo cada vez mais útil na formação de Profissionais e Cidadãos, paralelamente à sua complexidade e problemas pedagógicos, sociais e de igualdade profissional.