"O saber profissional constrói-se dentro das regras e dos conhecimentos que os próprios profissionais geram ou dominam."
Prolongando-se no primeiro passo da sua proposta avaliativa:
"Toda a avaliação deverá ser transparente e partir do próprio avaliado. Nesta perspectiva, todos os critérios e vectores de avaliação têm de ser controlados pelo avaliado."
Muito bem, Caro Sindicato. Mas permitam-me dizer portanto que parece que consideram que qualquer professor não é suficientemente inteligente para se avaliar com nota mais que razoável para que a subida de carreira fosse assegurada. E como alguém disse, a sociedade tem regras, e a avaliação é uma delas. Proponho, Caro Sindicato, que comecem a avaliar os alunos quase que fundamentalmente com uma metodologia fantástica à qual o aluno procederia à sua própria avaliação, e veríamos quantos maus alunos haveria em Portugal.
Devo confessar, a minha perplexidade, quando me é dado a conhecer um caso de perfeita encenação de uma aula,assistida com certeza, a qual foi programada pela Sra. Professora, que fez questão de instituir trabalho a um conjunto de Bons Alunos, saliente-se Bons, para apresentarem uma Heterónimo de Fernando Pessoa, algo ,sem qualquer dúvida, usual numa das aulas que,sem querer referi a disciplina correspondente. Portanto, reconhece-se claramente que os Professores querem ser avaliados, mas querem ser Extrememamente Bem Avaliados, sim, porque a Guerra é contra o Modelo da Avaliação, que segundo a FENPROF não é correcta,devo concordar,porque parece que os Srs. Professores não gostam de contornar as avaliações.
Senhores Professores, peço-vos que acatem as recomendações do Ministério da Educação e adaptem-se ao trabalho,porque "Hello, This the Real World!", e se não estão de facto contra a avaliação,porque não se adaptam a ela? Porque não se deixam ser avaliados?
Porque a Educação de Portugal passa por vocês,Srs. Professores, deixem-se também Educar.
6 comentários:
Espantoso! O teu texto é a prova provada da merda a que chegou o sistema de ensino português. Os professores que te passaram de ano, que permitiram que tu concluisses o 12 ano, deviam ser imediatamente despedidos! E tu devias ser recambiado para a escola primária!...
Caro Rui Silva
Gostaria que disponibilizasse a argumentação que lhe permitiu tirar essas conclusões. Só assim,poderei contestar e refutar a opinião que evidenciei no blog,não sabendo responder a críticas como a apresentada pelo Rui.
Em todo o caso, permita-me acrescentar que parece-me curioso os professores e os respectivos sindicatos,começarem a discutir agora medidas legisladas no ínicio de 2007, e não aceitarem a avaliação depois do Ministério da Educação ter respondido a alguns pareceres correctos feitos pelos sindicatos, relativamente à avaliação. Não compreendo.
Para concluir,caro Rui, abordemos a política avaliativa e não críticas ofensivas a quem quer que seja.
Os meus cumprimentos
Luis,
Como diria Fernando Pessoa, "primeiro estranha-se, depois entranha-se"... daqui a uns meses ja todos se esqueceram e os professores vão achar normal este modelo da avaliação.
O semelhante aconteceu com os alunos com as "aulas de substituição", que no primeiro ano de implantação foi um desastre, mas que depois começou-se a levar a sério e os alunos começam a aceitar que tem de ter a respectiva aula de substituição.
Esta questão da avaliação dos professores é um ponto determinante naquilo que se constitui como o desenvolvimento de Portugal.
Uma das questões que muitas vezes levanto remete-se para o seguinte: muitos dos estudos levados a cabo por diversas instituições de renome internacional apontam que o principal entrave ao desenvolvimento de um Portugal forte e capaz é a Educação.
Se a Educação se constitui como pilar fundamental do desenvolvimento do " musculo" português, então, temos que perguntar o porquê de, sendo portugal um dos países da UE que mais investe na Educação (relativamente ao seu PIB), se admitir esta situação. Para isto tenho uma resposta muito clara, muito breve, muito simples, que passarei a explicar.
Primeiro:os professores em Portugal, antes de tudo, são professores, não por vocação, mas porque "Ensino" era uma das poucas opções que tinham quando terminaram o ensino secundário.
Segundo:tendo sido alunos medíocres quando frequentavam o ensino secundário, melhores não foram quando frequentaram as diversas instituições de ensino superior, muitas das quais têm, penso eu, uma qualidade muito duvidosa que, sem querer fazer acusações, parace ser tanto menor quanto mais se paga para as frequentar.
Terceiro: os professores ainda não perceberam que uma licenciatira na área do ensino não significa uma vinculação ao Estado, o que muitas vezes não parece ser o entendimento dessa "classe" profissional.
Quarto: esses mesmos senhores, sendo alunos mediocres, e frequentando instituições que também o são, não são possuidores das ferramentas e competências pedagógicas essenciais ao exercício das suas funções.
Quinto:os senhores professores, apesar da sua incompetência e da sua evidente falta de qualidade, são trabalhadores detentores de muitos privilégios, os quais não se justificam. Aqui aponto como exemplos os prolongados períodos de férias, a não prestação de 40 h semanais de trabalho ( e não me digam que trabalham em casa na preparação das aulas, pois isto concerteza que não acontece na esmagadora maioria dos casos).
Com isto quero dizer uma única coisa: senhores professores, os senhores são os primeiros responsáveis pela nossa situação ao não conseguirem cumprir, por vossa incompetência, desinteresse e falta de dinâmica. Senhores professores, vocês são os primeiros responsáveis pelos maus resultados que Portugal têm no que ao abandono escolar se refere.
Senhores professores, os senhores são os primeiros responsáveis pela ausência de um tecido empresarial de alta tecnologia em Portugal.
Senhores professores, os senhores são os primeiros responsáveis pelo baixo nível da formação em Portugal.
Senhores professores, vocês são os primeiros responsáveis pelos maus resultados dos alunos, porque é vossa função cativá-los, fomentar neles o interesse pelo conhecimento.
Senhores professores, não reclamem aquilo que não merecem.
Abstenho-me de apresentar mais factos. Se aqui o quisesse fazer poderia continuar. Para isso basta a experiência e a memória.
Senhores professores, e aqui um particular para um senhor que a 4 de Dezembro comentou este blog, os senhores professores que hoje criticam uma avaliação (a qual alguns parâmetros deixam a desejar) é que deveriam ser recambiados. Se fossem profissionais competentes não temeriam uma avaliação do trabalho que desenvolvem (ou não). Os bons, indenpendentemente de qualquer avaliação, serão sempre bons. É esses que a avaliação tem que priviligiar. Os maus têm que ser excluidos, inibidos...
Não me alongo mais na minha crítica ao blog e respectivos comentários.
Apenas peço respeito por todos aqueles que se empenham, que têm qualidade, competência, vontade e valor. Que todos os dias trabalham no sentido de criar um futuro risonho aos que amanha nos trarão riqueza.
Luis, acho que tens razao nos comentários que fazes a certas posições dos sindicatos, mas creio que os "bonecos" que apresentas com tanto humor dizem mais que o que tu escreveste.
Já agora, àquele "senhor" pedro que diz q os profs sao incompetentes e outros mimos, pergunto: não é professor? oh, que pena!!!!!!!!, tenho a certeza que se tem em tão boa conta que iria revolucionar o ensino e, quem sabe, o país eheh
desculpa luis, mas tentei nao baixar o nível, porque afinal, eu sou prof por vocação.
maria
Visto que aquilo que escrevi foi susceptivel do apelido "mimos", eu quero reforçar a minha posição. Aquilo que escrevi não são "mimos" e muito menos uma tentativa de rebaixar uma classe profissional.É a simples constatação de facto daquilo que realmente se passa.
A verdade é que se a sua preocupação fosse ensinar e atribuir competências efectivas ao alunos, não se teria "ofendido" com o meu comentário.
Preocupe-se com o seu trabalho. Em fazê.lo bem. Como alguém disse um dia Hali Fax :"o mérito é como os rios, quanto mais profundo menos ruído faz"...e os senhores professores fazm demasiado ruído para o mérito que me afigura terem.
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